Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado em 2022. O país observa com atenção a Suprema Corte, aguardando a decisão que pode transformar Bolsonaro de ex-líder nacional a réu em um processo penal.
A denúncia foi fundamentada em um detalhado relatório da Polícia Federal (PF), divulgado em novembro do ano anterior. O documento concluiu pelo indiciamento de Bolsonaro e mais 36 figuras proeminentes, envolvendo nomes de peso como o general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, e o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro e agora delator.
Entre os outros implicados, destacam-se o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) e atual deputado federal. Também na lista está Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.
Em uma reviravolta inesperada, a PF divulgou um relatório complementar em dezembro, adicionando mais três nomes aos indiciados, elevando o total para 40. Cada novo desenvolvimento adiciona uma camada de complexidade e drama à trama que já cativou o país.
Além do inquérito sobre o golpe de Estado, Bolsonaro enfrenta outras duas investigações da PF: o controverso caso das joias sauditas e a suspeita de fraude no cartão de vacinas. Com um futuro jurídico cada vez mais incerto, a nação aguarda ansiosa para ver como esses eventos desenrolarão.