Plano Golpista e Bloqueio de Estradas: PF Revela Conexão Explosiva nas Eleições de 2022


TUDO INTERLIGADO | Polícia Federal aponta relação entre plano golpista e bloqueio de estradas nas eleições

A Polícia Federal (PF) revelou uma conexão entre o plano golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em estradas do Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022.

A informação, divulgada pelo UOL, está no inquérito que resultou no indiciamento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF. Segundo a PF, houve uma atuação orquestrada com a finalidade de alterar o resultado das eleições presidenciais e favorecer a manutenção de Jair Messias Bolsonaro na Presidência da República.

O relatório final do inquérito, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, descreve ações coordenadas para criar barreiras ilegais no dia da eleição. As blitze realizadas pela PRF, principalmente na Bahia, foram descritas pela PF como ações orquestradas sob ordens diretas de Anderson Torres. O relatório cita que Torres pressionou as forças de segurança a intensificar o policiamento em regiões estratégicas para o resultado eleitoral.

A operação ilegal utilizou a PRF como ferramenta de intimidação, com a finalidade de desestimular o comparecimento às urnas de eleitores no Nordeste, região que historicamente concentra um forte eleitorado progressista. O relatório também vinculou essas ações ao plano golpista amplamente investigado. De acordo com a PF, o plano incluía núcleos com diferentes funções, desde a desinformação e ataques ao sistema eleitoral até operações para incitar apoio de militares e ações coercitivas.

Enquanto a equipe de Paulo Gonet analisa as provas apresentadas, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se os atos envolvendo as blitze da PRF serão incluídos na denúncia principal sobre o plano golpista ou se configurarão um caso à parte. As defesas de Torres e Vasques afirmaram não ter acesso ao relatório completo e, por isso, não se manifestaram. Jair Bolsonaro, também indiciado, permanece em silêncio sobre o caso.

Com informações Valor Econômico

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