A delegada responsável pela investigação do caso de envenenamento com arsênio de uma família que celebrava uma confraternização em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, afirmou em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (10), que “há fortes indícios de que a suspeita do crime tenha cometido outros envenenamentos a pessoas próximas”.
“Não temos dúvida de que era uma pessoa que praticava homicídios em série. Ela não foi descoberta durante muito tempo e apagava as provas que pudessem levar até ela”, afirmou a delegada Sabrina Deffente. A suspeita é Deise Moura dos Anjos, que está presa.
O crime investigado resultou na morte de três pessoas da mesma família e na internação de outras três, incluindo a mulher que preparou o bolo com farinha envenenada pela suspeita, de quem é sogra. A delegada destaca que Deise começou a envenenar familiares com assassinato do sogro, em setembro de 2024. A partir dessa morte, também por envenenamento com arsênio, “ela tenta, de todas as formas, realizar a cremação do corpo do sogro, não conseguindo isso, ela constrói outros relatos para tentar encobrir a morte dele. Toda a investigação, para nós, foi uma surpresa”.