Justiça proíbe prefeito de Eirunepé de se aproximar de candidata no AM
Segundo a representação judicial, desde o início da campanha, a Professora Áurea tem enfrentado perseguições e intimidações por parte dos subordinados do prefeito. Eles supostamente seguem a candidata por diferentes locais da cidade e filmam qualquer pessoa que se aproxime dela, com o intuito de obstruir sua campanha.
A Procuradoria Regional Eleitoral afirmou que a única candidata mulher ao cargo de prefeita em Eirunepé está sendo sistematicamente intimidada por apoiadores do candidato adversário, que registram seus movimentos e cercam a candidata.
Em sua decisão, o juiz Cássio André Borges enfatizou a gravidade do constrangimento vivido pela Professora Áurea, considerando abusivas as práticas de fiscalização realizadas por um número excessivo de pessoas. Ele classificou essas ações como uma forma de violência política contra a mulher, que visa restringir o direito da candidata de realizar sua campanha.
O juiz também ordenou que Raylan Barroso, Anderson Pereira e Aristeu Carneiro se abstenham de contatar a candidata até o fim do processo eleitoral. Além disso, determinou que a Polícia Militar providenciasse uma escolta para garantir a segurança da Professora Áurea durante a campanha.
A candidata já havia denunciado à Ouvidoria da Mulher do TRE-AM, em 4 de setembro, as ações do prefeito Raylan Barroso, que incluem perseguições, ameaças e atos de violência política de gênero. Ela relatou que sua família foi ameaçada de sequestro, e as agressões se intensificaram durante a pré-campanha.