O Governo Lula, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), está em fase de elaboração de um projeto de lei que pretende proibir o uso de celulares em todas as escolas do Brasil, tanto públicas quanto privadas. De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a medida busca melhorar a atenção dos estudantes durante as aulas e prevenir os danos à saúde mental tanto de alunos quanto de professores. A proposta tem previsão de ser oficialmente anunciada em outubro.
A decisão é uma resposta ao crescente debate sobre os efeitos negativos do uso excessivo de tecnologia, especialmente entre crianças e adolescentes. Pesquisas recentes apontam que o banimento dos celulares pode trazer melhorias significativas no desempenho acadêmico, além de ajudar a reduzir problemas como o cyberbullying e a ansiedade.
Segundo o Datafolha, 58% dos pais apoiam a restrição do uso de celulares para crianças com até 14 anos. Além disso, 76% acreditam que jovens nessa faixa etária não deveriam ter acesso a redes sociais, destacando preocupações relacionadas à depressão, incitação ao ódio e outros riscos psicológicos.
O projeto já está em estágio avançado de discussão em estados como São Paulo, onde uma "frente ampla" de deputados trabalha para viabilizar a aprovação. A proposta também encontra respaldo entre diversos grupos políticos, que enxergam a medida como uma forma de melhorar o ambiente escolar e preservar a saúde mental dos jovens.
Para Camilo Santana, o foco é garantir que os estudantes estejam mais presentes e concentrados nas atividades educacionais, além de proteger o bem-estar emocional de toda a comunidade escolar.
"Precisamos criar um ambiente mais saudável nas escolas, onde o aprendizado seja o foco e onde alunos e professores se sintam mais seguros", afirmou o ministro.
O anúncio oficial do projeto em outubro promete acirrar ainda mais o debate sobre o papel da tecnologia nas escolas e seus impactos na educação e na saúde mental. Caso aprovado, o projeto de lei será um marco na educação brasileira, com consequências diretas para a rotina de milhares de alunos em todo o país.
Fonte: Folha de SP