Chefe da Defesa Civil de Envira é Desmentido em Rede Nacional Após informação Inadequada sobre Gravidade da Estiagem


Envira, AM
– O chefe da Defesa Civil de Envira foi desmentido em rede nacional após informar que a cidade de Envira está sob uma severa estiagem que estaria afetando mais de 10 mil pessoas diretamente e 7 mil estariam sem acesso a água potável. Além de fazer uma comparação infundada entre o início de estiagem que a cidade enfrenta e a tragédia da inundação no Rio Grande do Sul que deixou centenas de mortos, um prejuízo gigantesco para o estado e um rastro de destruição. 

Em uma entrevista para um canal de televisão, o chefe da defesa civil afirmou que a situação em Envira era "tão grave" quanto a das enchentes que devastaram cidades gaúchas no início do ano.

A comparação foi rapidamente rechaçada por moradores da cidade e especialistas da área, que apontaram a incongruência entre os dois eventos. Afinal, são fenômenos completamente distintos, com impactos e consequências diferentes. Comparar uma estiagem com uma inundação, especialmente sem dados concretos que sustentem tal afirmação, é irresponsável e pode causar pânico desnecessário na população. Além do que a própria população tem conhecimento de que a estiagem no município está ainda começando e que o alarme causado pelas entrevistas dadas pelo chefe da defesa civil são, no mínimo, tendenciosas. 

Há mais de 2 anos, os moradores da rua Ninfa Montefusco, bairro da Várzea estão sem acesso a água potável, não há abastecimento regular, os mesmos recebem água através de carros pipas e imagens desse carro fazendo esse serviço foram usadas para corroborar uma manchete de jornal que dizia que mais de 7 mil pessoas em alguns bairros da cidade estavam sem acesso a água por culpa da estiagem severa que o município enfrenta.

Mas essa não seria a primeira vez que a defesa civil municipal decretara estado de emergência ou calamidade estas situações que não estavam ocorrendo. Em meados de maio, a atual gestão prorrogou o decreto de emergência de Nº 805/2024/GP/PME, emitido em 30 de abril de 2024, prorrogando a “Situação de Emergência” nas áreas rurais da região. O motivo? O desastre classificado e codificado como hidrológico - inundações, sendo que o município passou apenas 15 dias com um início de alagação e pouco afetou o cotidiano dos moradores locais. 

A questão é: todos sabemos que a estiagem ESTÁ CHEGANDO, o rio ESTÁ SECANDO, mas não há uma severidade no fato que seja se quer comparada com uma tragédia que ceifou vidas, como foram as inundações no RIO GRANDE DO SUL.

TRECHO DA ENTREVISTA DO CHEFE DA DEFESA CIVIL PUBLICADA HOJE, 19 DE JULHO DE 2024.

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