Em uma reviravolta chocante, o ex-policial Ronnie Lessa delatou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), como o suposto mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. A informação foi divulgada pelo The Intercept.
Lessa, que está cooperando com as autoridades em um acordo de delação premiada, apontou Brazão como o cérebro por trás do crime que chocou o Brasil e o mundo. A motivação e as circunstâncias exatas ainda estão sob investigação.
Em 2019, Jair Bolsonaro concedeu passaportes diplomáticos a parentes de Brazão. Na época, Brazão já era investigado pela suspeita de tentar obstruir as investigações do caso Marielle Franco. Uma reportagem do Brasil de Fato apontava que Brazão era investigado por essa suspeita. No dia 17 de setembro daquele mesmo ano, Raquel Dodge, então Procuradora-Geral da República, apresentou uma denúncia contra Domingos Brazão nesse sentido e também solicitou a abertura de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar se o conselheiro era o mandante do assassinato.
Diferentemente do que políticos de direita tentam afirmar nas redes sociais, Brazão votou e apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro em 2022. A tentativa da extrema direita brasileira de se desassociar da imagem de Brazão e tentar emplacar a narrativa de que o governo federal tivesse algo a ver com o assunto.