RIO BRANCO - Após dois meses do trágico acidente aéreo que abalou a cidade de Rio Branco, no Acre, a incerteza ainda paira no ar. O Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco concluiu as análises de DNA, mas não conseguiu identificar o corpo de Francisco Eutimar, de 32 anos, a última vítima do acidente que permanecia sob investigação.
Francisco Eutimar, natural de Eirunepé, no Amazonas, era um dos 12 passageiros do avião Caravan que caiu em Rio Branco. Mesmo com a utilização de amostras de DNA de parentes de Francisco, os fragmentos analisados pela polícia técnico-científica não permitiram a identificação da vítima.
Agora, a família de Francisco terá que enfrentar o desafio de solicitar a presunção de morte, um procedimento legal necessário para declarar o falecimento de uma pessoa que desaparece em circunstâncias em que a sobrevivência é improvável.
O diretor-geral do Departamento da Polícia Técnico-Científica, Sandro Martins, confirmou a informação e explicou que "nos restos mortais, fragmentos dos corpos, não foi identificado material do Francisco Eutimar".
A declaração de morte presumida é um procedimento que atesta o falecimento de vítimas de acidentes cujos corpos não foram encontrados após encerramento de buscas e posterior declaração oficial das autoridades de que não foi possível reconhecê-las ou localizá-las.
As investigações do acidente continuam pelo Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII). A tragédia aérea deixou a cidade de Rio Branco e todo o Brasil em luto, e a busca por respostas continua.