NEM MORTA A MULHER ESTÁ SEGURA: AlfaCon, uma escola de preparação para concursos da PM, envolvida em polêmicas

Fundador e diretor da AlfaCon, Evandro Guedes, é acusado de ensinar futuros PMs a abusar sexualmente de mulheres mortas.

A AlfaCon, uma escola voltada para a preparação de pessoas que prestam concursos da Polícia Militar, tem sido alvo de polêmicas. O fundador e diretor da AlfaCon, Evandro Bitencourt Guedes, ex-agente penitenciário federal e ex-policial da Polícia Militar do Rio de Janeiro, aparece em vídeo-aula ensinando futuros PMs a abusar sexualmente de mulheres mortas. A declaração circula nas redes e se soma a uma série de confissões de crimes envolvendo a AlfaCon e o ex-policial.

Nas aulas, Guedes se gaba de ter torturado presos e sugere mentir para alegar legítima defesa. Ele também faz declarações transfóbicas para explicar erroneamente o feminicídio. Guedes é amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que em julho de 2018, afirmou em uma aula da AlfaCon que para fechar o STF, bastariam “um cabo e um soldado”. O deputado também exalta ter sido colega de Guedes na Polícia Federal.


Outro docente do curso, Norberto Florindo Júnior, ex-capitão da Polícia Militar do Espírito Santo, conhecido como “professor caveira", também exaltava a tortura. A AlfaCon alegou ‘violação de direitos autorais’ nos vídeos reproduzidos pela Ponte e tentou censurá-los.

Após as denúncias, a Corregedoria da PM de SP, MPF e o MP de SP e do PR abriram investigações sobre a escola. Parlamentares do PSOL também acionaram a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão para apurar “apologia à tortura, incitação ao ódio e misoginia” nas aulas.


No entanto, a escola segue ativa e impune por ensinar tortura a futuros policiais. A reportagem de Jeniffer Mendonça, em junho do ano passado, contou que a apuração das falas de Norberto na Corregedoria foi arquivada.

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