A situação em Maceió é alarmante. A mina 18 da Braskem, uma empresa privada, está afundando a uma taxa de 0,25 centímetros por hora. O deslocamento acumulado na mina já é de 1,77 metro, com um movimento vertical de seis centímetros nas últimas 24 horas. A Defesa Civil mantém o alerta máximo devido ao risco de colapso da estrutura.
Este é um exemplo gritante da irresponsabilidade corporativa. Empresas privadas como a Braskem e a Vale do Rio Doce, responsável pelo desastre de Brumadinho, continuam a operar com impunidade, colocando vidas e o meio ambiente em risco.
A Defesa Civil emitiu uma recomendação clara: a população deve evitar a área desocupada até uma nova atualização. Medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir o perigo, mas a questão permanece: por que essas medidas não foram implementadas antes?
Os registros do último fim de semana mostravam uma diminuição no ritmo de deslocamento vertical da mina de extração de sal-gema: de 0,7 cm para 0,3 cm por hora, com um afundamento acumulado de 7,4 cm no final de semana. Mas isso é suficiente?
Hoje, uma equipe técnica do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM) se reúne com as defesas civis municipal e estadual para analisar a situação. Geólogos e especialistas em desastres e desmoronamentos passarão a semana toda em Maceió, avaliando a situação da mina e as possíveis intervenções que podem ser feitas na área.
Mas a questão permanece: por que chegamos a este ponto? Por que as empresas privadas são permitidas a operar com tão pouca supervisão e responsabilidade? É hora de exigir mudanças. É hora de responsabilizar as empresas por suas ações. Não podemos permitir que outro Brumadinho aconteça.