A importância de regular as redes e punir o discurso do justiçamento
Em 3 de maio de 2014, uma tragédia chocou o Brasil. Fabiane Maria de Jesus, uma dona de casa de 33 anos e mãe de duas meninas, foi brutalmente assassinada em Guarujá, São Paulo. O motivo? Boatos falsos disseminados em uma página do Facebook chamada "Guarujá Alerta".
O Início do Pesadelo
Tudo começou quando Fabiane ofereceu uma banana a uma criança na rua. A partir desse gesto inocente, ela foi confundida com uma sequestradora de crianças, cujo retrato falado havia sido associado a um crime cometido em 2012 no Rio de Janeiro e divulgado na página do Facebook.
Apesar da página ter esclarecido posteriormente que era fake news, os rumores já haviam se espalhado pela vizinhança, ganhando proporções inimagináveis.O Dia da Tragédia
No dia da tragédia, Fabiane estava voltando para casa de bicicleta quando foi abordada por uma multidão. Ela foi amarrada, arrastada, chutada e espancada por mais de 100 pessoas durante duas horas. A Polícia Militar recebeu mais de 10 denúncias, mas teve dificuldades para chegar ao local.Fabiane foi levada ao Hospital Santo Amaro em estado grave e faleceu dois dias depois devido a um traumatismo craniano.
Justiça?
Cinco dos envolvidos foram presos e condenados a 30 anos de prisão cada, além de terem que pagar uma indenização à família no valor de 550 mil reais. Outras duas mulheres também foram indiciadas por incitação ao crime.
Reflexão
O caso de Fabiane destaca o perigo das fake news e a necessidade de regular as redes sociais para evitar crimes bárbaros e a transformação de cidadãos comuns em assassinos. A família de Fabiane ainda se recupera do luto.
Este caso serve como um lembrete sombrio do poder e do perigo das informações falsas. É crucial que todos nós, como usuários de redes sociais, verifiquemos as informações antes de compartilhá-las. A vida de alguém pode depender disso.