Auxiliares de serviços gerais das escolas do Amazonas estão sem receber há três meses. Deputado Wilker Barreto cobra providências de Wilson Lima. Profissionais da Porto Services Protestam em Parintins devido a Atrasos Salarias e Descaso Trabalhista
Profissionais da empresa terceirizada Porto Services, responsáveis pelos serviços gerais nas escolas estaduais da Ilha Tupinambarana, realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (08) em frente à coordenadoria regional da Seduc, no município de Parintins. O motivo do ato foi a denúncia de atraso nos salários por pelo menos dois meses, além de outros direitos trabalhistas pendentes.
Segundo relatos dos funcionários, a situação se tornou recorrente, com constantes atrasos nos pagamentos. Uma colaboradora expressou sua urgência diante da crise financeira causada pela falta de pagamento:
"Eu preciso desse dinheiro, eu dependo dessa verba. Estamos há dois meses sem receber, espero que resolvam logo essa situação".
A denúncia não se limita a Parintins. Na capital, Manaus, auxiliares de serviços gerais que atuam nas escolas da rede pública estadual estão enfrentando a mesma situação. Cerca de 20 profissionais ocuparam a galeria da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) na última terça-feira (21) para exigir soluções para a falta de pagamento, que já se arrasta por três meses.
Os funcionários, contratados pela empresa Porto Serviços Profissionais, Construções e Manutenção LTDA, afirmam que estão sem receber salários, benefícios como ticket alimentação e vale transporte. O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) comprometeu-se a solicitar providências da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), responsável pela contratação da terceirizada.
A situação foi agravada pela constatação de que o contrato entre a Seduc e a Porto Services teve sua vigência encerrada em agosto deste ano, sem renovação. O último repasse de pagamento feito pelo Executivo foi em setembro, referente ao mês de julho.
Aldenir Viana, um dos funcionários afetados, destacou a difícil situação enfrentada pelas famílias:
"Estamos no terceiro mês sem receber nossos salários, nossos tickets alimentação e neste mês, para nossa surpresa, o vale transporte também não foi depositado. Nós temos mães de famílias que foram despejadas dos seus imóveis porque não tinham como pagar os aluguéis, filhos pedindo pão e a mãe não tem dinheiro para comprar, como vamos sustentar os nossos filhos?"
Diante do caos financeiro vivido pelos trabalhadores, o deputado Wilker Barreto reforçou seu apelo à Seduc para que tome medidas urgentes: "Faço um apelo à Seduc para que regularize junto à empresa os pagamentos dos salários, são 900 famílias que estão amarguradas sem saber o dia de amanhã. Imagina um pai ou uma mãe sem poder dar o que comer para os seus filhos, sem poder ir trabalhar porque não tem o vale transporte, sem garantir a alimentação do mês por não ter o seu direito. Isso é um absurdo, precisamos de respostas". O deputado já havia enviado um ofício à secretária estadual de Educação em julho deste ano, solicitando esclarecimentos sobre os atrasos nos pagamentos da empresa Porto Serviços.