Um estudo recente da ONG Fase revelou que a indústria da mineração no Brasil utiliza anualmente 578 bilhões de litros de água sem fornecer informações claras sobre a fonte do recurso, levantando sérias preocupações sobre a gestão das bacias hidrográficas do país. O descontrole é particularmente evidente nos processos conduzidos pelos órgãos estaduais, que carecem de padronização em seus procedimentos.
A outorga de água, seja pelo governo federal ou pelos estados, permite que as empresas declarem autonomamente a quantidade e origem da água utilizada, com renovação automática. O estudo destaca que, embora os mecanismos de controle do governo federal sejam mais rigorosos, ainda apresentam falhas significativas.
Essa falta de transparência na concessão de água para a indústria da mineração levanta questões sobre a sustentabilidade e o impacto ambiental dessas atividades. É urgente que sejam estabelecidas medidas mais efetivas para garantir uma gestão adequada dos recursos hídricos e evitar o esgotamento dos aquíferos. A responsabilidade recai tanto sobre os órgãos reguladores quanto sobre as empresas mineradoras, que devem ser mais transparentes em relação ao uso e origem da água utilizada em suas operações.
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