Justiça por Camila: Deputada do Amazonas pede pena máxima para PM suspeito de assassinar esposa

O Grito Silenciado: A Luta das Mulheres Contra a Violência Doméstica e o Feminicídio no Amazonas

A deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos), Procuradora Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas, está exigindo a pena máxima para o soldado da PM Olímpio Gomes Maia, suspeito de matar sua ex-esposa, Camila Vitória Frithz da Silva, de 27 anos. O crime ocorreu no último sábado (04/11), num condomínio no bairro Lago Azul, Zona Norte de Manaus.

Camila foi baleada com um tiro na testa, possivelmente pelo próprio esposo.

O caso é um exemplo trágico dos altos índices de violência doméstica e feminicídio no Brasil e no estado do Amazonas. No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres, a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Em 2022, o Brasil teve um aumento de 5% nos casos de feminicídio em comparação com 2021, com 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres - uma a cada 6 horas, em média.

No Amazonas, foram registradas 25.132 ocorrências de violência doméstica em 2020, um aumento de 34% em relação a 2019. Além disso, os casos de feminicídio também cresceram no mesmo ano.

A deputada Campelo lamentou que, antes de ser levado à delegacia por colegas de farda que o escoltaram, o suspeito do crime ainda tomou banho no apartamento do casal. Para Alessandra, a cena do crime pode ter sido mexida. A deputada revelou também que, no 6° DIP, o policial teria feito um boletim de ocorrência registrando o “suicídio” da ex-companheira.

O PM foi preso em flagrante na madrugada, suspeito de matar a esposa, uma jovem de 21 anos, com um tiro na testa.

O caso aconteceu em um condomínio no bairro Lago Azul, Zona Norte de Manaus. Segundo vizinhos do casal, o policial militar era conhecido por agredir a vítima. Um vídeo foi registrado no momento da prisão. “Batia muito na esposa, é um assassino, um agressor de mulheres!”, grita uma mulher

A deputada Alessandra Campelo denunciou ainda mais dois casos envolvendo policiais militares. Em Eirunepé, um sargento da PM identificado por Damásio aparece em vídeos agredindo uma mulher, quebrando garrafas e ameaçando clientes num bar. Em Manacapuru, a denúncia é contra um policial militar identificado como Eliedson Silva. Ele teria agredido a esposa e atirado contra a casa de uma vizinha.

Esses casos destacam a necessidade urgente de ações efetivas para combater a violência contra as mulheres no Brasil e, especificamente, no estado do Amazonas. É crucial garantir a segurança das mulheres e promover a igualdade de gênero em todos os aspectos da sociedade.