Em um desdobramento chocante, o deputado federal Abílio Brunini, conhecido por suas posições conservadoras, está no centro de uma grave denúncia por apologia ao estupro de crianças. O político, que recentemente sugeriu que relações sexuais com menores de 14 anos não deveriam ser consideradas estupro, agora enfrenta uma batalha judicial após suas declarações controversas durante uma entrevista ao podcast "Tudo Menos Política" em outubro de 2022.
Durante a entrevista, Abílio justificou sua posição ao citar o caso perturbador de uma menina de 11 anos vítima de estupro em Santa Catarina no ano passado. Ele alegou que o ato foi consensual entre duas crianças, levantando questionamentos sobre a capacidade das crianças de tomar decisões conscientes. Além disso, o deputado criticou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), alegando que a legislação desconsidera a maturidade emocional dos menores para tomar decisões sobre sua vida sexual.
A denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR) foi apresentada por um membro do Partido dos Trabalhadores (PT), revelando uma batalha judicial acirrada. Abílio Brunini está agora envolvido em uma disputa para censurar o vídeo da entrevista e busca indenização contra o responsável pelo resgate do conteúdo, alegando que suas declarações foram retiradas de contexto e utilizadas para propagar desinformação.
O denunciante, identificado como Vinicios Betiol, destaca que a batalha judicial pode se estender, mas ressalta a importância de expor políticos que distorcem seus deveres. Enfatiza que, quanto mais o deputado bolsonarista tenta silenciar o caso, mais as pessoas se lembrarão de suas polêmicas declarações.
Este escândalo levanta questões sérias sobre a ética e responsabilidade dos representantes eleitos, especialmente quando se trata de assuntos sensíveis como a proteção das crianças. A sociedade agora aguarda ansiosamente os desdobramentos desse caso, enquanto a justiça decide sobre a validade das declarações de Abílio Brunini e sua possível responsabilização diante da denúncia por apologia ao estupro de crianças.