Em mais um episódio digno de um roteiro de novela, os rebeldes houthis decidiram embarcar em uma ousada expedição marítima e "capturaram" o navio Galaxy Leader, que, segundo eles, tem algumas "alegadas ligações" com o Estado judaico. Acontece que esse emocionante enredo se desenrolou no Mar Vermelho, onde a ação e a intriga são tão frequentes quanto as areias que o cercam.
O Departamento de Estado dos EUA, sempre atento aos últimos sucessos de dramaturgia internacional, exigiu a "rápida" libertação do navio e sua tripulação, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atribuiu a culpa pelo incidente ao Irã. As Forças de Defesa de Israel, no entanto, insistem que o navio não tem nenhuma conexão com eles, provando que até mesmo navios têm identidade equivocada.
A captura do século foi realizada com a precisão de um espetáculo circense, utilizando um helicóptero, segundo informações que nos fazem imaginar palhaços houthis saltando alegremente a bordo. Mas calma, a ação não é contra os navios israelenses, é apenas uma maneira peculiar de expressar descontentamento com a situação em Gaza. Quem sabia que apreender navios era a forma moderna de terapia política?
O membro do comitê político do grupo Ansar Allah, Huzam al-Asad, tranquilizou a todos informando que, caso a tripulação não seja israelense, serão tratados como "convidados". Afinal, nada como ser sequestrado em alto-mar e receber tratamento de hóspede cinco estrelas.
Enquanto aguardamos os próximos capítulos dessa novela náutica, uma coisa é certa: os houthis certamente ganharam a atenção internacional e, quem sabe, uma indicação ao Emmy por "Melhor Performance Pirata do Ano". O Mar Vermelho nunca foi tão emocionante.