Gaza, Oriente Médio - Em um ato chocante que ressalta a vulnerabilidade dos profissionais de saúde em zonas de conflito, dois médicos da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram mortos, juntamente com um terceiro médico, em um ataque ao hospital Al Awda, no norte de Gaza. Os médicos, identificados como Dr. Mahmoud Abu Nujaila e Dr. Ahmad Al Sahar da MSF, e o Dr. Ziad Al-Tatari, foram vítimas do ataque que atingiu o terceiro e o quarto andares da instalação médica.
O hospital Al Awda, um dos últimos em funcionamento na região, já estava sobrecarregado devido à escassez de suprimentos e ao aumento contínuo do número de pacientes desde outubro. A organização MSF, que trabalha no local desde 2018, oferecendo cirurgias reconstrutivas para adultos e cirurgias de trauma para crianças, expressou horror diante da tragédia. Além dos médicos mortos, equipes médicas, incluindo membros da MSF, ficaram gravemente feridas.
A MSF condenou veementemente o ataque, enfatizando a importância do respeito e proteção a instalações médicas, profissionais de saúde e pacientes. As coordenadas do hospital foram compartilhadas com as autoridades israelenses, e a organização destaca que os ataques a instalações médicas constituem uma grave violação do Direito Internacional Humanitário.
No momento da redação desta matéria, mais de 200 pacientes ainda estavam no Al Awda, incapazes de receber o nível adequado de cuidados devido aos danos causados pelo ataque. MSF apela urgentemente pela evacuação segura desses pacientes para outros hospitais ainda operacionais, embora a capacidade de todos os hospitais em Gaza esteja além dos limites.
Este trágico episódio é mais uma terrível ocorrência enfrentada pela equipe da MSF nas últimas semanas, destacando as condições extremamente difíceis enfrentadas pelos profissionais de saúde que tentam prestar assistência a centenas de pacientes em meio ao conflito. A organização reitera seu apelo por um cessar-fogo imediato em Gaza, a liberação do cerco e a proteção das instalações médicas e do pessoal médico.
A morte desses médicos corajosos é um lembrete sombrio dos riscos enfrentados por aqueles que buscam fornecer cuidados médicos essenciais em áreas de conflito, e destaca a urgência de garantir a segurança e proteção desses profissionais dedicados. O mundo observa com pesar enquanto a violência continua a afetar a vida daqueles que buscam alívio e cura em meio ao caos