Campo Grande, MS - Na terça-feira (3), a Polícia Civil prendeu José Carlos Santana Junior, conhecido como o ''Maníaco do Parque das Nações'', revelando detalhes perturbadores sobre seus ataques a mulheres em Campo Grande. Chocantemente, o criminoso confessou que antes de cometer seus atos brutais, ele costumava fazer orações.
A delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande, compartilhou informações sobre o comportamento do criminoso durante os ataques. "Ele diz que não se controla e não sabe dizer por que faz isso... há relatos de que ele ficava rezando, orando", declarou Benicasa.
"Ele disse que é algo inexplicável", acrescentou a delegada ao falar sobre o depoimento do maníaco.
A Polícia Civil identificou até o momento quatro mulheres como vítimas do criminoso, mas a possibilidade de existirem mais vítimas não está descartada. Além disso, foi revelado que José Carlos Santana já havia sido preso em 2007 por uma série de ataques sexuais, cumprindo pena e posteriormente cometendo crimes na Espanha.
A delegada Analu Ferraz enfatizou que o maníaco escolhia suas vítimas de forma aleatória. Em um dos casos, ele se aproximou de uma mulher próximo ao cruzamento da avenida Afonso Pena com Rua Bahia, fazendo menção de estar armado e a colocando à força em seu veículo para cometer os estupros.
As investigações revelaram que os ataques ocorreram em dias diferentes, e o criminoso não se preocupava em repetir roupas nem em verificar se havia câmeras de segurança nas imediações. Esses detalhes ajudaram a polícia a identificar o autor, que posteriormente confessou os crimes.
A prisão de José Carlos Santana ocorreu como parte da Operação Incubus, que também visava outros casos de violência doméstica e crimes sexuais. Incubus, segundo lendas e tradições, é um demônio masculino que busca mulheres adormecidas para manter relações sexuais com elas.
A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) instou qualquer vítima do maníaco a procurar a delegacia e relatar os crimes cometidos por ele.
A sociedade está atônita diante dessas revelações chocantes sobre um criminoso que aparentava ser um "cidadão de bem" evangélico, e o caso levanta questões sobre a segurança das igrejas evangélicas, que têm enfrentado uma série de casos de estupro, inclusive envolvendo crianças. Enquanto isso, nas redes sociais, pastores de extrema direita acusam a esquerda de cometer crimes, gerando um debate acalorado sobre a realidade dessas alegações.