Médica é presa após discussão com PMs no Hospital Ipiranga

PACIENTES DA UTI FICAM SEM ASSISTÊNCIA, APÓS POLICIAIS DE SÃO PAULO PRENDEREM MÉDICA POR DESACATO


Uma situação alarmante aconteceu no Hospital Ipiranga, localizado na Zona Sul de São Paulo, quando uma médica de plantão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi presa após uma discussão com policiais militares (PMs) que alegadamente buscavam informações médicas de um colega internado. O incidente resultou em um vazio de assistência médica na UTI, deixando os pacientes desacompanhados.

O episódio ocorreu quando uma equipe de PMs compareceu à UTI do Hospital Ipiranga, solicitando o boletim médico de um policial aposentado internado no local. No entanto, a médica de plantão recusou a demanda, citando que estavam fora do horário de visita e que, de acordo com as normas hospitalares, o boletim médico só pode ser fornecido à família do paciente.

Diante da recusa da médica, a situação escalou rapidamente. Os PMs, alegando desacato, algemaram a médica e a conduziram para a delegacia. Como resultado, a UTI ficou desprovida de qualquer profissional médico, deixando os pacientes sem assistência imediata.

O crime de desacato é configurado quando alguém ofende um funcionário público no exercício de suas funções, conforme previsto no artigo 331 do Código Penal. No entanto, as circunstâncias que levaram à prisão da médica ainda estão sob investigação.


A notícia do incidente provocou preocupações sobre o atendimento médico prestado aos pacientes na UTI e levantou questionamentos sobre a conduta dos PMs envolvidos. Caso algum paciente tenha sofrido consequências devido à falta de assistência médica, espera-se que a família e o Ministério Público sejam informados e considerem tomar medidas legais contra o Estado.

Este incidente chama a atenção para a necessidade de uma revisão cuidadosa dos procedimentos e protocolos em situações envolvendo a interação entre profissionais de saúde e forças de segurança, a fim de garantir a segurança e o atendimento adequado aos pacientes em situações de emergência. Além de observar a conduta dos policiais que possivelmente cometeram abuso de poder, algo que é comumente recorrente quando falamos sobre policiais militares.

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