Com um veto dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar hoje a resolução costurada pelo Brasil e que propunha que uma pausa humanitária fosse estabelecida em Gaza para socorrer milhares de civis. O bloqueio aprofunda a crise política e escancara a incapacidade das potências de chegar a um entendimento para frear o ciclo de mortes.
O governo de Israel agradeceu os americanos pelo veto anunciado em Nova York e criticou o Conselho de Segurança da ONU por considerar apenas um caminho humanitário para a crise. Durante o encontro, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, atacou o fato de o órgão estar "fixado apenas em corredores humanitários e ajuda".
A Human Rights Watch classificou a postura dos Estados Unidos, ali representado pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, como "cínica" no uso do seu poder de veto. Não fosse esse posicionamento, a resolução teria sido aprovada, uma vez que outros membros permanentes do conselho não votaram contra ao texto.