General foi preso mês passado porque estava comandando um esquema de extorsão de garimpeiros ilegais. Ele usava as viaturas da secretaria, com escolta policial, para transportar o ouro roubado.
O general Mansur, uma figura de destaque no cenário militar brasileiro, ingressou nas fileiras militares em 1977, o mesmo ano de entrada no serviço militar de Bolsonaro e de outros militares envolvidos em uma tentativa de golpe de 8 de janeiro. Em 2021, ele se aposentou e assumiu o cargo de secretário de segurança pública no Amazonas.
No entanto, recentemente, ele foi preso devido ao seu envolvimento em um esquema de extorsão de garimpeiros ilegais. Surpreendentemente, ele utilizava veículos oficiais da secretaria, com escolta policial, para transportar o ouro ilegalmente extraído.
Esse caso revela a hipocrisia da falsa moralidade dos militares, com muitos de seus líderes envolvidos em diversos tipos de crimes. Além do general Mansur, outros membros de alto escalão da Secretaria de Segurança do Amazonas também foram alvos da operação, incluindo dois capitães do Exército, um delegado da Polícia Civil, um coronel e o filho de Mansur, Victor Mansur, suspeito de participação em roubos de ouro e pagamento de propinas.
O general Mansur foi exonerado do cargo após a repercussão do caso, juntamente com outros ocupantes de cargos de confiança mencionados na investigação. Sua carreira militar incluiu vários cargos de liderança em diferentes regiões do Brasil e também em missões no exterior, como adido militar em países como China, Coreia do Sul e Vietnã.
Além disso, ele teve seu nome associado a uma investigação anterior envolvendo o Comando Militar da Amazônia (CMA) em Manaus, relacionada à intervenção militar e ao movimento político em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esse caso destaca a importância da transparência e da responsabilização das autoridades, independentemente de suas posições na hierarquia militar, e levanta questões sobre a conduta ética de certos líderes militares no Brasil.