Setor de energia verde deve gerar 2 milhões de empregos no Brasil em até 5 anos


Vagas para diversas áreas devem atrair profissionais com diferentes níveis de formação

O Brasil já possui 10% dos empregos “verdes” no mundo, segundo cálculo da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena na sigla em inglês). A expansão desse mercado, especialmente centrado nas energias renováveis, poderá gerar mais 2 milhões de vagas nos próximos cinco anos. O dado é do estudo “Plano Nordeste Potência”, realizado por Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Clima Info.

O Brasil, que responde por 10% dos empregos “verdes” no mundo, sobretudo via geração hidrelétrica e biocombustíveis, vai acelerar o ritmo de abertura de vagas em renováveis. O cálculo tem como base futuros investimentos na área, como a construção de parques eólicos e usinas solares. 

Segundo o levantamento, 13% das vagas serão para ensino superior; a maior parte, 50% das vagas, será para ensino técnico; os outros 37% não devem requerer qualificação específica. “Essa expansão do mercado de energia mostra o grande potencial do setor na geração de postos de trabalho, o que faz ser possível criar postos não somente direcionados a profissionais com formação específica técnica ou superior”, explica o Diretor de Experiência e Pessoas da Juntos Energia, Vitor de Mesquita. A empresa, que é pioneira no país na tecnologia de energia limpa compartilhada, tem como projeção triplicar os postos de trabalho durante o ano de 2023.

Porém, mesmo com esta amplitude, há insuficiência de formação técnica para novos entrantes de mercado de trabalho do setor, segundo o Instituto Clima Info, organização sem fins lucrativos voltada para estudos sobre mudanças climáticas, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica). As entidades defendem parcerias entre governo, empresas e universidades para elevar a qualificação em renováveis. Isso impediria possível “gargalo” futuro na expansão do mercado de trabalho do setor.

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