Nesta quinta, (02), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Cama de Gato” no município de Eirunepé, a 1.159 km de Manaus. O objetivo desarticular uma organização criminosa instalada na cidade, que atua praticando crimes de fraude à licitação, desvio de recurso, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A PF também cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, dentre elas agentes políticos, servidores públicos, familiares e terceiros.
Segundo a PF, a investigação teve início em 2021, as contratações eram, em sua grande maioria, realizadas por meio de dispensa de licitação. Com análise de fraudes de licitação durante e após o período da pandemia de Covid-19. Em apenas um dos contratos, foi verificado que a prefeitura de Eirunepé pagou por 150 mil máscaras de proteção mais do que o dobro do valor cobrado em todo o estado do Amazonas. Além disso o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.
O grupo criminoso estaria ligado ao Executivo municipal, num esquema de desvio de recursos públicos realizado através da contratação de empresas fictícias ou de fachada, constituídas com o único objetivo de desviar verbas federais. O atual prefeito de Eirunepé é Raylan Barroso (DEM).
O prejuízo ao município ultrapassa R$ 10 milhões em contratações fraudadas.
Os mandados foram cumpridos em Eirunepé e Manaus.