Companhia que opera serviços de água no interior do estado perdeu prazo para entregar documentação e é ameaçada
A Companhia de Saneamento do Amazonas é uma das sete empresas estaduais do país que correm o risco de perder seus contratos de operação.
O motivo é porque não comprovaram ter capacidade de investir recursos financeiros para universalizar os serviços de saneamento, como prevê o novo marco do saneamento básico, em vigor desde julho de 2020.
O requerimento de viabilidade econômica deveria ter sido apresentado à Agência Nacional de Água e Saneamento (ANA) até 31 de dezembro de 2021.
A direção da Cosama informou que, assim como as outras prestadoras de serviço de abastecimento de água do interior do Amazonas, que em sua maioria são municipais e também têm por obrigação de apresentar a comprovação da capacidade econômico-financeira, está preparando a documentação necessária para encaminhar à agência.
Conforme a empresa, em 2019, quando o governador Wilson Lima (PSC) assumiu o Governo do Amazonas e a nova diretoria-executiva iniciou os trabalhos, a Cosama estava desgastada financeira e operacionalmente.
“Nos dois primeiros anos, foi desenvolvido um trabalho de investimento e resgate da empresa para organizar as áreas administrativa, técnica e de operação nas cidades onde a Cosama atua. Prova disso, a companhia em 2021 investiu mais de R$ 1,6 milhão nos 14 municípios onde ela opera o fornecimento e a distribuição de água”, diz nota da empresa.
Ademais, afirma que está regularizando e atualizando seus dados junto aos órgãos do estado.
Os 14 municípios atendidos pela Cosama são: Alvarães, Atalaia do Norte, Autazes, Benjamin Constant, Carauari, Careiro da Várzea, Codajás, Eirunepé, Itamarati, Juruá, Manaquiri, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Nova Olinda do Norte.
Planos de expansão
No demonstrativo de ações, a Cosama diz que está executando programas e projetos. Por exemplo, cita o Água Boa, para atender mais de 600 mil ribeirinhos em todo o estado.
Além disso, afirma que assumiu o fornecimento de água de mais dois municípios em estado de calamidade pública: Atalaia do Norte e Nova Olinda do Norte.
“Nesses municípios, havia um alto índice de contaminação da água, e consequentemente um alto índice de doenças de veiculação hídrica, prejudicando a saúde dos habitantes. A partir da execução dos trabalhos da companhia, o abastecimento de água mudou de forma positiva. O relatório será finalizado em até dois meses”.
Atualmente, a Cosama não trabalha com esgotamento sanitário e rede de esgoto. Apenas faz captação, tratamento e distribuição de água.
Em 2022, a companhia garante que irá atuar em mais sete municípios e uma comunidade do interior do Amazonas via cooperação técnica. São eles: São Gabriel da Cachoeira, Nhamundá, Japurá, Envira, Maraã, Boca do Acre, Novo Airão e comunidade Novo Céu (Autazes).