Machismo institucional: Delegado da PC insinuou que vítimas tinham sido assassinadas por conta de suas roupas

Um delegado da Polícia Civil da Bahia foi afastado após insinuar que mãe e filha, cruelmente assassinadas em Guanamabi, teriam sido mortas devido às roupas que estavam usando. De acordo com o agente, as roupas de academia teriam "obviamente" chamado a atenção do suspeito, que pretendia estuprá-las.

"Não houve premeditação. Ele não tinha a intenção de praticar o estupro específico com as vítimas. Foi uma questão de coincidência, quando ele saiu do trabalho, se deparou com as duas, com aquelas roupas de malhação, de caminhada, obviamente chamando atenção. Ele disse que daí começou a ter desejo sexual e as seguiu. Passou por elas, estacionou e ficou esperando”, afirmou o policial.

Rhudson Barcelos foi o responsável pela investigação que levou à prisão de Marco Aurélio da Silva, de 36 anos. Após as alegações, o delegado Giancarlo Giovane Soares assumiu o caso.

Neste sábado, moradores de Guanamabi protestaram por justiça após o assassinato das vítimas, que foram encontradas em um riacho da cidadade.

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