Para isso precisa que a Câmara vote a favor da PEC dos precatórios, o que parece ser uma queda de braço árdua para o presidente da Câmara, Arthur Lira. Mesmo com um pacote de emendas do relator debaixo do braço, vem sofrendo para convencer seus colegas deputados a aprovar a PEC dos Precatórios, a pedalada oficial que jogará no lixo o pouco que resta de credibilidade política e econômica do Brasil. Essa jogada do governo Bolsonaro é muito mais eleitoreira do que pensada de fato nos que precisam, basta confirmar que o valor de R$ 400, 00 estipulado para o novo Bolsa Família só será pago até dezembro de 2022, após esse prazo o valor volta a ser como era antes.
Além de todos esses infortúnios a PEC dos Precatórios pode prejudicar a própria execução das emendas parlamentares, que já não anda muito boa.
Rival de Lira nas eleições de 2022, o senador Renan Calheiros passou o dia enviando recados contrários à proposta, inclusive garantindo que ela não passará no Senado e quem votar favoravelmente na Câmara ficará com o ônus eleitoral de ter cometido um “atentado contra o presente e o futuro do país”.
“O governo errou ao misturar o Auxílio Brasil com a PEC do Calote e ninguém mais quer colocar sua digital aí. Lira pode muito, mas não pode tudo. Ninguém vai matar a economia por ele”, disse a O Antagonista um dos líderes consultados, pedindo reserva.