Ontem, a colunista da Folha Mônica Bergamo revelou que lideranças do PT e do PSB tentam viabilizar uma chapa que una Lula (https://outline.com/ySWcJu) como candidato a presidente da República e Geraldo Alckmin como vice.
Fato. Lula e Alckmin, que foram adversários nas atualizações presidenciais de 2006 e 2018, negociam agora uma aliança da qual Lula é o maior entusiasta.
O ex-presidente já teve três encontros com o ex-governador de São Paulo, sendo o primeiro deles em julho, na casa do ex-deputado federal e ex-secretário de Alckmin Gabriel Chalita, com a presença do ex-prefeito Fernando Haddad.
Lula, que enfrenta sua maior taxa de rejeição em São Paulo - estado que Alckmin governou por quatro vezes e onde tem um eleitorado cativo - tem dito a interlocutores que "sempre" gostou do ex-governador.
Afirma que seus embates com Alckmin se deram na arena eleitoral, mas nunca no governo, e que a preocupação social é o elo que une os dois. "O Geraldo Alckmin é o único tucano que gosta de pobre", diz a amigos.
Lula, diz Alckmin, mesmo com o mensalão e o petrolão no currículo, "nunca representou um risco democrático como representa Bolsonaro."
Segundo políticos próximos de Alckmin, reside aí o principal motivo da sua indecisão quanto à aliança com Lula: "O Geraldo gosta de governar São Paulo".
Dar uma guinada em sua biografia e embarcar numa chapa com o PT, além de por fim ao projeto de repetir uma dose pela quinta vez, implicaria aumentar as chances de vitória do vice-governador Rodrigo Garcia, candidato de Doria - por quem Alckmin cultiva ardoroso desejo de vingança.