Tratamento que pode beneficiar pacientes oncológicos infectados está em consulta pública no Conitec, por isso é importante pacientes oncológicos e seus familiares participarem
Está aberta a Consulta Pública da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) que avalia a incorporação no sistema público de saúde do coquetel de anticorpos casirivimabe/indevimabe (REGN-COV2) para o tratamento de pacientes ambulatoriais de alto risco infectados por SARS-CoV-2. O medicamento é indicado para pacientes com 12 anos ou mais, não hospitalizados, com COVID-19 leve a moderada e com pelo menos um fator de risco para evolução para a forma grave da doença, dentre eles pacientes imunossuprimidos - como pacientes oncológicos. A FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é favorável à incorporação desse tratamento, que traz benefícios aos pacientes oncológicos infectados. Estudos clínicos mostram que eles reduziram hospitalização e tempo até a melhora de sintomas quando usado no início das manifestações da doença e em pacientes com alto risco de progressão para COVID-19 grave.
Além dos pacientes oncológicos, os demais pacientes imunossuprimidos como os transplantados, com deficiências imunes, com HIV/AIDS, anemia falciforme, talassemia e que fazem uso prolongado de medicamentos imunossupressores também se beneficiam do tratamento quando infectados pelo vírus causador da COVID-19.
A Consulta Pública nº 102 está aberta até 03/12/2021 colhendo contribuições da sociedade no site da CONITEC. É muito importante participar, pois pode beneficiar pacientes de todos os tipos de câncer que foram infectados com o vírus causador da COVID-19. Como os pacientes de câncer fazem parte da classe de pacientes com imunidade mais baixa (imunossuprimidos), estão mais propensos a contrair a doença e ela progredir de forma mais rápida e mais grave.
O casirivimabe/indevimabe (REGN-COV2) é uma combinação de anticorpos que demonstrou redução estatisticamente significativa e clinicamente relevante de 70,4% no risco de hospitalização por COVID-19 ou morte por quaisquer causas quando comparado com o placebo, nos pacientes com um ou mais fatores de risco para a evolução da forma grave desta doença, conforme publicado no New England Journal of Medicine.
É por meio de consultas públicas que o órgão recebe opiniões, informações e críticas da população a respeito do medicamento ou tecnologia relacionada à saúde que esteja sendo direcionada ao SUS. A participação dos pacientes, seus cuidadores, profissionais da saúde e demais pessoas que convivam com pacientes é fundamental para se ter uma amostra real dos impactos da doença e das experiências de quem convive com ela.
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