Represa de Paraibuna pode zerar volume útil até o final do ano

Reservatório perdeu 65% de água desde final da estação chuvosa, em abril deste ano

Maior e mais importante reservatório da bacia do rio Paraíba do Sul, a represa de Paraibuna corre o risco de zerar o volume útil até o final do ano e entrar no chamado ‘volume morto’, água mais difícil de tirar e com qualidade inferior.

A represa perdeu 65% da água desde o final da última estação chuvosa, em abril deste ano, e registrou 17,71% de volume útil no último domingo (3), segundo dados da ANA (Agência Nacional de Águas).

O percentual de perda de água na represa de Paraibuna vem aumentando mês a mês, sempre na comparação com o período anterior. A queda começou em junho na comparação com maio: -9,7%.

Desde então, o volume de redução de água só aumenta: -13% (julho), -18,7% (agosto), -21,76% (setembro) e -32,25% (outubro). Na comparação com outubro do ano passado, a represa de Paraibuna tem 36% a menos de água: 17,71% ante 27,71%.


ESTIAGEM

“As cidades têm que se preparar para enfrentar períodos mais longos de estiagem”, disse o climatologista e cientista Carlos Nobre. “As mudanças climáticas são evidentes e a Terra está mais quente. Não se discute mais isso, e o Vale do Paraíba não está imune a esse problema”.
Se for tão seco, explicou o geólogo Edilson Andrade, a saúde dos reservatórios de água da bacia do rio Paraíba do Sul, como Paraibuna, o mais importante para a região, estará seriamente comprometida.

“Eles vão secar e entrarão no volume morto, que é uma água mais difícil de tirar e com qualidade inferior”, disse o especialista.
As represas funcionam como caixa d’água da bacia e controlam a vazão do rio Paraíba, segurando ou vertendo água conforme a necessidade.

Fonte: O Vale

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