Estupro no metro escancara uma sociedade entorpecida e preocupada apenas com engajamento e likes


Na última quarta-feira, na Filadélfia (EUA), uma mulher foi estuprada dentro de um trem, enquanto outros passageiros filmavam a cena ao invés de buscar ajuda. Vídeos de câmeras de segurança da estação mostram um homem entrando no vagão e sentando do lado da vítima. Em seguida, começa a conversar e parte para uma postura agressiva, rasgando as roupas da mulher e iniciando o ato libidinoso. 

O que chocou as autoridades ao verem os vídeos da câmera de segurança, foi a Uma mulher foi observar que os demais passageiros que presenciaram a cena preferiram filmar o crime do que chamar a polícia ou intervir contra o cruel caso de violência sexual.

"Havia outras pessoas no trem que testemunharam esse ato horrível, e ele poderia ter sido interrompido mais cedo se um passageiro ligasse para o 911", disse o porta-voz do SEPTA, John Golden, em um comunicado enviado por e-mail à agência Reuters.

O suspeito do crime, identificado como Fiston Ngoy, de 35 anos, foi indiciado por diversos crimes, incluindo estupro e a chamada "agressão sexual agravada", cometida na frente de outras pessoas, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo jornal. Ele está detido e sua fiança foi fixada em US$ 180 mil (o equivalente a R$ 992 mil).

É chocante e até absurdo pensar que podemos ser vítimas de crimes semelhantes e não sentimos protegidos ao estarmos ao lado de outras pessoas. Ao que parece, as "previsões" de Black Mirror estão se concretizando. Nossa sociedade adormeceu e vive entorpecida na sanha de ganhar engajamento nas redes sociais. O caso nos lembra o episódio “White Bear”, da série britânica “Black Mirror”, em que uma mulher sofre constantes violências e, ao invés de receber ajuda, é gravada pelas pessoas na rua. 

Que sociedade é essa que grava barbaridades mas é incapaz de impedi-las?

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